Itabira - Primeiro Show de Lançamento do Disco Cuma?

O título é uma pergunta mesmo. Como assim, uma banda de Belo Horizonte fazer o show de lançamento do disco em Itabira?
Como todos sabem, isso não foi nenhuma manobra estratégica, apenas foi a primeira data que apareceu na agenda. Mas vou te falar o seguinte, se tivesse sido tudo planejado pra esse show ser em Itabira, talvez não teria dado tão certo.
A Equipe chegou por volta das 17 horas e o Cálix já estava no palco passando o som, eu e Vlad até aproveitamos para relembrar alguns passos de dança dos anos 80, aquelas coisas que há muito tempo não se vê na Rede Globo, tipo “Flash Dance”.

Lá pelas 19h15 começamos a montagem do nosso palco para “passar o som”, Rogério César montando cabo, eu montando meu set, enfim cada um armando seu lance. Só um parêntese, não sei se você sabe, mas o S.O.M.B.A 2007 está lançando um sistema que vai revolucionar o conceito de passagem de som. Coisa do Guilhermão. O esquema funciona com um computador, duas placas de som e um amplificador de fone. Tudo no palco, guitarra, baixo, mics da batera, etc, ficam ligados nesse esquema que é o mesmo que usamos no ensaio e também o mesmo que gravamos o disco, resumindo, o som é muito bem passado. Parêntese feito – 19h40 terminamos a montagem naquela expectativa, a coisa nunca tinha sido testada em um som grande – SERÁ QUE ESSE TREM FUNCIONA? Rogério César, nosso operaroad de som foi pra mesa ligar o sistema do palco em L e R... e a expectativa corroendo...
Para ilustrar o meu sentimento naquele momento vou relembrar alguns clichesões cinematográficos Hollywoodianos do tipo: Um avião está sendo seqüestrado nos Estados Unidos e o objetivo dos terroristas é arrancar do governo americano uma grande quantia em dólares em algumas horas, a vida dos reféns depende disso. Lembrem-se que sempre existe um herói a bordo que fica tentando um zilhão de mirabolâncias e uma sempre da certo no final.
Em determinado momento do filme o herói faz uma jogada muito arriscada e os pessimistas, aqueles carinhas que ficam no aeroporto sempre querendo que o avião seja derrubado para evitar uma catástrofe maior, já estão com o dedo do botão vermelho.
PÃRÃÃÃNNNN... (Música de suspense) De repente a aeronave perde contato com a base, a tristeza se abate na face dos figurantes que ficam de fronte aos computadores com aqueles fones enormes na cabeça...

Minutos depois...

TRRRRIIIIIIINNNNNN, TRRRRRIIIIIINNNN, toca o telefone. Um figurante atônito atende com uma cara desolada e conversa com alguém do outro lado da linha. Todas as atenções se voltam para o dito figurante que desliga o telefone, se levanta e diz:
O plano do Jack (um ótimo nome pra herói) deu certo!
EEEEEEEEEEEEEEEE!!!! E assim o avião pousa sem nenhuma vítima, a não ser os terroristas incompetentes que, com seus fuzis e metralhadoras, não deram conta de um Americano patriota metido a herói.
Voltando a realidade... Rogério César vai pra mesa.
O rapaz, de quem não me recordo o nome, responsável pelo som, doravante daqui pra diante é o pessimista com o dedo no botão vermelho. Rogério liga os cabos, abre os dois canais que precisaríamos e... silêncio, expectativa, os figurantes duros sobre o palco perguntam: “e aí Rogério?” – este com uma cara desolada, pega o microfone e diz:
“GUILHERMÃO É UM GÊNIO! O SOM TA VIOLENTO”
EEEEEEEEEEEE!!! A felicidade invade o palco, representado na metáfora pela base aérea. As vítimas do vôo (platéia) aterrissam muitíssimamente bem na Praça do Areão. O pusilânime pessimista assiste a tudo com uma cara sem graça, querendo saber como aquilo pode ter dado certo. E pra terminar, Jack (Guilhermão) olha com aquela cara de tranqüilidade e diz:
FUNCIONA!

Tranqüilo Itabira! Também, como poderia ter dado errado? Os deuses sagrados do rock and roll no dia de seu aniversário, jamais desamparariam seus mais fiéis súditos.

É Somba de novo...


Pedro, Daniel e Carol. Os primeiros proprietários de um exemplar Cuma?